Día 22: Rio Gallegos - Comodoro Rivadávia
Data de postagem: 09/01/2015 18:58:01
Saindo de Rio Gallegos negligenciamos o abastecimento, e, percebendo que a Ruta 3 é um grande deserto, desistimos de seguir adiante e voltamos voados. Pois além de precisar abastecer, esquecemos de trocar o óleo das motos, que já completaram 8kkm rodados. Encontramos uma ótima loja de óleos, a Lubricar. Além de óleos de carro, tinha os mais variados óleos para moto. Os amigos da Lubricar abriram sua garagem e mãos a obra:
Drenamos o óleo dos motores e colocamos um semi-sintético Mobil similar ao Motul 5100, que utilizamos nas motos. Fabricação Argentina. Aqui se faz, aqui se bebe:
Agradecemos aos amigos da Lubricar pelo ótimo atendimento e suporte prestado aos viajantes.
Já com óleo novo e abastecidos, voltamos a Ruta 3 e seus retões intermináveis:
A placa sugere vento lateral, e realmente venta bastante, mas na maior parte do tempo na direção que estamos indo. Como estamos subindo, o vento de calda acaba por nos ajudar a chegar em casa. A maioria dos que fazem esse percurso, faz descendo, e sofre bastante com o vento de frente e diagonal. Não foi o nosso caso, como suspeitava quando defini o sentido do percurso.
Pernada até Comandante Luis Piedrabuena, onde paramos para abastecer e apreciar o Rio Santa Cruz e suas águas de cor única:
Na verdade o rio é formado pelo lago Viedma e lago Argentino, que por sua vez são formados pelos glaciares Perito Moreno e Fitz Roy. Sendo assim, o rio só tem o trabalho de transportar a água do degelo do parque nacional Los Glaciares, desde os Andes, desaguando-a aqui no Atlântico. Se você acompanhou a viagem pela Ruta 40, se lembra de todos esses lugares.
Continuamos a viagem e conhecemos mais um lugar único, Gran Bajo San Julian:
Uma grande depressão de 107 metros abaixo do nível do mar, a mais baixa do continente sul Americano. Perto do Puerto San Julián, cidade que abriga uma réplica 1:1 da Nau Victoria de Fernão de Magalhães:
Simplesmente o primeiro barco a dar a volta completa no mundo, quando não havia nem sequer timão. A direção era dado por 11 homens que deslocavam à força o leme da Nau. Tudo isso explicado no passeio guiado pela embarcação-museu.
Abaixo do convés, levavam diversas velas reserva, comida, sal e outros produtos necessários para passar anos no mar:
Taí o doido, Magalhães, na cabine do comandante:
Morreu em combate no meio da viagem. Das cinco embarcações que partiram, só essa retornou:
Tem doido pra tudo, e nós voltamos para nossas barcas de 1600 cilindradas e continuamos a navegar a ruta 3, margeando o Atlântico, em terra firme claro:
Além do mar, máquinas extratoras no horizonte. Essa região é grande produtora de petróleo:
As cidades na Patagônia Atlântica tem sua economia baseada na indústria do petróleo, diferente da Patagônia Andina, que me pareceu viver do turismo.
O fato é que esse lado é abandonado pelo estado, com infra precária e favelização ao redor das cidades. O trânsito mal educado e pessoas estressadas.
Paramos em Caleta Olivia. El Negro tentou assaltar mais um banco:
Dessa vez com sucesso. Embora as máquinas petrolíferas trabalhassem a todo vapor, só conseguimos sacar dinheiro na terceira agência. Nos pareceu que falta abastecimento de dinheiro nos bancos. Esses e outros motivos nos levaram a deixar a cidade e continuar viagem, mesmo com o por do sol:
Seguimos até Comodoro Rivadávia, onde chegamos a noite. Coloquei o GPS para trabalhar e achar um restaurante e hotel. Estamos ficando mal acostumado.