Dia 33: Chapada Diamantina

Data de postagem: 10/09/2015 15:23:24

O dia de ontem me fez repensar a relação trabalho/lazer que venho tendo. A Chapada Diamantina tem tantos lugares a conhecer que acabo me cobrando a trabalhar menos e viajar mais de moto, conhecer lugares, pessoas, me divertir fazendo o que gosto.

Hoje é o trigésimo terceiro dia de viagem de moto pelo nordeste, e acredito que precisaria do dobro dos dias para conhecer melhor os lugares passados e tantos outros que deixei de passar. Vou acabar indo embora desse paraíso sem conhecer metade do que gostaria. Mais uma coisa é certa, não posso ir embora sem fazer uma trilha longa pela região, e conhecer uma cachoeira bacana.

Sendo assim, selecionei dentre os diversos passeios de grutas, lagos, rios, nascentes, trilhas, montanhas e cachoeiras, a famosa cachoeira da fumaça. Simbora!

A mesma galera de ontem fechou o carro e partimos pelas estradinha de terra do Vale do Capão, coração da Chapada:

Depois de alguns kms, chegamos na trilha de acesso. No começo bem "pavimentada" mas um pouco puxada. Toca pra cima:

São 6kms de ida (leva-se 2 horas), entre vegetação e paisagem do vale. Galera subindo:

Me lembrou os Tupuis da Gran Sabana Venezuelana, ou se preferirem, o monte Roraima:

Esse é o visual da Chapada Diamantina, que também se parece com aquele lugar (Acesse a viagem a Venezuela no menu Road, parte superior esquerda.)

O tempo ainda estava ruim, tinha chovido a noite e víamos nuvens de chuva constantemente. Na verdade isso era bom, significava que a cachoeira teria bastante água.

Quando chegamos, ficamos impressionados:

O vento que era canalizado pelos paredões de pedra batia na água da cachoeira fazendo com que subisse. Já viram uma cachoeira pra cima? As gotas de água desafiavam a gravidade e subiam!

Não perdi a oportunidade de chegar mais perto e olhar lá embaixo, apesar de ventar bastante e a pedra molhada e escorregadia. Afinal, era apenas um abismo de 380 metros. Vamos ver lá embaixo:

kkk:

Me lembrou a pedra do Coyote, do deserto do Atacama, nome dado por conta do desenho do papa-léguas e a "pedra sem chão".

Enfim, essa é a vista:

Um véu de água que sobe, daí o nome "fumaça".

Sensacional!!

Fizemos a trilha de volta, terminando o dia em outra cachoeira, matando a vontade de dar um mergulho.

Uma cervejinha de despedida e um abraço aos amigos paulistas, cariocas, portugueses e franceses que dividiram o carro e tornaram a trilha prazerosa.

Agora é voltar pra casa!