Dia 23: Jericoacoara - Parnaíba

Data de postagem: 29/07/2015 18:38:54

Na altura da viagem, já visitei muita praia sensacional, e não foi o caso de Jericoacoara. A praia é fraca, e a cidade me parece existir em função dos passeios pelo litoral próximo e as pequenas ruas com bares e restaurantes.

Utilizei a manhã para trilhar o Parque Nacional de Jericoacoara:

Fauna e flora do meu gosto, lagartos em meio aos cactos:

A trilha recorta a encosta, e alguns pontos desce a praia. Atento as pegadas:

Até o destino final, a famosa pedra furada:

Nada demais o destino, o mais legal foi o caminho pelo parque, o que a maioria dos turistas perde, porque vai de Buggy. Enfim, cada um no seu estilo.

Voltei em tempo de utilizar o lubrificante que arrumei ontem no mercadinho. Hora do banho:

Retornarei pela praia, e não quero a moto enferrujando. Depois de largar o dedo no WD, carreguei a Ruanita e descobri que estávamos presos em Jericoacoara:

Merda, esqueci de ver a tábua das marés, ela estava cheia e inacreditavelmente a água bate na duna, excluindo qualquer faixa de areia que me permitisse passar com a moto. Fodeu, só poderei sair daqui a noite quando a maré baixar.

Enquanto decidia minha vida, apareceram dois cabras numa moto, e me disseram ser possível passar por trás da duna. Comecei a segui-los:

Só que por "trás" da duna, ainda tinha muita areia. A princípio fomos seguindo um leito de rio quase seco, mas chegou o momento de cruzar.

Emparelhei e disse que ali minha moto não passava. Recebi como resposta: "Até a minha passa, um motorzão desse vai passar fácil". Engatou a primeira e me fez comer poeira:

F-e-l-a-s d-a-s p-u-t-a-s, então volta aqui e tenta passar com a minha rs

Bom, só tinha esse jeito de sair dali, e agora o desafio estava lançado. Debreando, dei umas aceleradas pra animar o motor e o piloto, larguei a embreagem e parti patinando:

Pra quem nunca viu uma Harley fazendo sandboard, taí o print! kkk

O caminho todo foi um "quase-atola" mas pelo menos passamos invictos pela areia. Quando ficou mais compactada, tranquilizei e evoluí a motoca para Buggy Davidson. Cumprimentando os amigos de classe:

Mas... Alegria de pobre dura pouco. Como a maré estava alta, os pequenos rios se tornaram braços de mar, com profundidade preocupante:

"Dá pra passar sim" Engataram a primeira, remaram e pararam na outra margem me esperando...

Estávamos presos entre uma duna e um rio... Olhei pra Ruanita... Ela olhou pra mim... Procuramos algo que nos incentivasse... Lembrei que tinha besuntado ela de WD.

"Bom, WD é foda. Com WD eu passo dentro d´água" Engatei a primeira e fui!

A situação ficou tensa quando o escapamento afundou e não escutava mais o som da moto, apenas borbulhando... A moto ameaçou morrer, segurei o giro e devagar saímos na outra margem.

WD é foda! kkk

Agora pela areia compactada, curtição:

Passei novamente pelo Mangue Seco, dessa vez tirei foto da pontezinha bacana:

Mais kms de estrada de chão até Jijoca, depois asfalto até a divisa com Piauí:

Asfalto é bom pra caralho.

Estrada vazia, tudo nosso até o sol se por:

Voltamos ao habitat natural...