Ao entrar na região do Atacama, estávamos ligeiramente perdidos. Moto na reserva e sem saber ao certo para onde ir, surgiu uma pequena cidade no meio do deserto... Paramos no único posto de gasolina. Enquanto abastecíamos e descobríamos o caminho, uma mulher veio em nossa direção, olhou para mim e me escolheu. Uma Cigana grávida, querendo alguns pesos. Dei alguns e troquei outros, para a coleção. Perguntei o que fazia ali, e com um espanhol bem claro, respondeu que era viajante. Ofereceu ler a minha mão em forma de agradecimento pelos pesos doados. Tirei as luvas e lhe mostrei os calos criados pelos longos e seguidos dias acelerando a moto. Com um tom sarcástico, pedi que ela os lesse. (Copiapó - Chile) Ela sorriu, falou que minha vida seria bem longa, e que eu fizesse um desejo. Nesse momento, pensando em um desejo, olhei para as minhas mãos com outro entendimento, e as li. Que as minhas mãos sejam sempre calejadas, viajando como um cigano. |
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