Acordei as 5 da manhã com uma chuva bem fraca e sem vento algum: Ninguém no camping ou no refúgio. As mesas que costumam ficar lotadas de turistas, estavam vazias. O sol estava nascendo e confiei nele, se o tempo não abrir hoje, grande possibilidade de não ver as Torres del Paine. Temos que voltar e tocar as motos até o "fim do mundo". Comecei a fazer a trilha e enquanto o sol aparecia, a chuva parou e surgiu um arco-iris: Apesar de ainda não ter visibilidade, arco-iris são um bom sinal. Trilhas vazias, pontes sem filas: Quando sai de dentro da mata, dei de cara com a subida monstruosa de pedras, e as Torres del Paine ao fundo querendo aparecer por completo, as nuvens estavam indo embora: Putz que "sorte"! Vou poder ver as torres depois que passar essas pequenas pedras... rs Bom, tinham mais dois malucos lá, o jeito é encarar com bom humor: Rock n roll na veia, chegamos as Torres del Paine: Quando vc acha que o lugar é único, se surpreende dele parecer com o "Fitz Roy", visitado dias atrás. Como recompensa, tomei meu café da manhã observando o cenário, ali mesmo nas pedras: Nessas horas a mochila de ataque é muito importante, pois alivia o peso de subir e descer, carregando apenas o essencial. Rapidamente já estava de volta ao camping, arrumei minha mochila, desarmei a barraca e desci até a entrada do parque. Obrigado, Torres del Paine. Obrigado, Patagônia: Me senti naquele programa de aventura onde o camarada deve procurar algum sinal de civilização para poder escapar da selva. kkk Sinais de civilização: Peguei aquela van azul até a entrada do parque, onde encontrei El Negro e pegamos o ônibus de volta a Puerto Natales. Chegamos na rodoviária, táxi para o hostel, onde nossas meninas nos aguardavam, ansiosamente: Na verdade a saudade era toda nossa! Principalmente do Santantônio que carrega nossas mochilas! kkk Amanhã continuaremos nosso rolezinho de moto. Fin del mundo, ai vamos nós! |