Ficamos em um Hostel que parecia feito de papel. O vento batia e as "paredes" de placas de ferro balançavam. Esse tipo de construção é bem comum por aqui, só não entendi qual a vantagem ainda. A verdade é que o vento ainda está muito forte, o proprietário relatou que está além do normal para a segunda cidade que mais venta no mundo. Na estrada as carretas andavam a 30km/h, utilizando as duas pistas, e nós já acostumamos, no meio da manhã chegamos na barca que cruza o Estreito de Magalhães: Acabou o continente: Só alguns metros de água nos separavam da Terra do fogo. Porém, um pequeno detalhe: cade a barca? A notícia se espalhou rapidamente: NÃO ESTAVAM OPERANDO! Que merda... E agora? Ontem só começaram a operar as 17horas, e hoje não há previsão de início. Por conta do vento a travessia se tornou muito perigosa e interromperam o serviço. Barca estacionada: Passamos a manhã toda esperando, e na metade do dia a fila já se perdia de vista: Hoje nosso planejamento era percorrer toda a Ilha da Terra do Fogo e chegar no Ushuaia, mas o que fizemos foi aguardar e torcer para o vento diminuir: Filas paralelas se formaram: Combustível, ônibus de turismo, carros e carretas: Passou um carro funerário, agora ele lidera o cortejo. Seria engraçado se não fosse trágico: Um corajoso se arrisca a navegar contra o vento, estava descarregado: |