Na primeira viagem de moto relatada aqui no blog (Viagem Ur/Ar) passei pelo vilarejo de Cabo Polonio, no Uruguai: Na época estava procurando um nome para minha Sportster, e quando bati o olho no batismo desse barco, pensei que tinha achado. Entretanto a viagem, meu estilo de pilotagem e a moto se revelaram incompatíveis, assim, decidi me desfazer da Sportster e guardar o nome para a escolhida. HD FXST 2008, a Ruanita, com a qual terminei de conhecer alguns outros países próximos e percorrer algumas das melhores estradas da América do Sul. Agora, exatamente 1Mes5Dias para a jornada mais longa, intitulada Moto Expedição Alasca, Ruanita "naufragou". Estava parada na Praça da Bandeira, próximo a Rua Ceará, berço do motociclismo carioca. Uma chuva fortíssima caiu, e em minutos, o asfalto virou mar: Diferente do barco La Juanita, a Ruanita não pode flutuar. Quando a água baixou, fui ao seu encontro. A marca na parede revela que o nível da água cobriu seu motor: Dentre os males, o menor. Não cobriu o tanque, e como paro a moto com pneu traseiro colado no meio-fio, a água não conseguiu tombá-la. Teria apenas que me virar com a água... Motor? Transmissão? Elétrica? Primária? Fluidos? Rolamentos?... Seria caso de PT? Talvez a maioria ache que sim, a admito que cheguei a pensar na hipótese. Sem poder ligá-la, deixei a moto lá e fui pensar no assunto. Dia seguinte pela manhã chamei o reboque, e enquanto esperava, fui a rua Ceará. Helmut estava incansavelmente "kickando" sua Velhinha, uma Flathead que a água encobriu o tanque. E isso é o que um verdadeiro rider faria, não abandonaria seu cavalo. Um verdadeiro biker não abandona sua moto: (Rua Ceará inundada em 1950 e em 2016 - Riders e Bikers) Talvez alguns não estejam entendendo a relação entre cavalos e motos. Talvez alguns não entendam porque decidi salvar a Ruanita. Se eu tiver que explicar, você não entenderia: |
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